Libertando-nos dos valores da metafísica tradicional há um campo imenso para avançar: a construção da dignidade da pessoa. É custoso abandonar a crença na imortalidade mas ela não é senão o prolongamento imaginário do instinto de sobrevivência do indivíduo e da espécie que cavam fundo em nós. O deus comum das religiões é uma projeção antropomórfica com caráter ingênuo da figura paterna da infância. Só o respeito pela pessoa humana, em si próprio e nos outros, e não qualquer medo dos deuses, pode levar ao desabrochar da humanidade.
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